domingo, 26 de dezembro de 2010

Festas, muita comida, algum problema?

Quase toda comemoração tem comida. E muitas das engordativas saborosas.
Natal e Virada de Ano não seriam diferentes. Mesa farta, inclusive de pratos que são tradicionais de lugares nos quais faz muito frio em dezembro e que, portanto, não seriam muito adequados pro nosso verão.
Mas enfim, vamos desencanar um pouco. É saudável dar uma relaxada e comer o que tem vontade nesses dias festivos, ainda mais se na maior parte do ano você tem moderação.

Bom, mas aí é que tá: a compensação. O ser humano tem a incrível habilidade de ir de um extremo ao outro. O meio-termo, por incrível que pareça é um ponto mais difícil de encontrar que o tudo ou nada. Fulano põe na cabeça que época de Natal e Reveillón é liberada e não pensa em outra coisa senão comer (e/ou beber). Se empanturra até passar mal e assim que vira o ano faz jejum de faquir, "dieta líquida", toma algo perigoso, busca soluções milagrosas.
Não é assim.

Aproveite a época pra curtir a presença das pessoas queridas, conversar, se divertir.
Na hora de comer não precisa ficar pensando no regime ou nas calorias. Coma um prato do tamanho adequado, preenchido com alimentos que você gosta muito e se precisar repetir repita, mas não precisa devorar tudo como se fosse a última refeição do mundo. Ficar passando mal depois é bem pior. E atenção: muita gente oferece por mera educação, você não precisa comer tudo só pra agradar.

Nos dias seguintes, se sentiu que exagerou e quiser compensar, simplesmente escolha alimentos mais leves, coma em porções menores, mas não deixe de comer direito, pois fazer jejum prolongado, dieta líquida, comer só frutas, ou outras medidas radicais não te ajudarão a emagrecer e sim vão desequilibrar seu corpo (desacelerar metabolismo, carência de nutrientes, queda de imunidade, etc). Aproveite também os dias de descanso para brincar, jogar algo, caminhar, fazer atividades físicas...

Veja aqui dicas simples pra fazer as pazes com a comida nas festas: http://diadeamarseucorpo.blogspot.com/2010/12/como-fazer-as-pazes-com-comida-nessas.html

É isso, o Natal já passou, mas desejo a vocês uma ótima festa de virada de ano e um felicíssimo 2011, com muita saúde, alegria, amor, paz e realizações =)


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Responsabilidade e Sustentabilidade

Já escrevi bastante aqui sobre a relação alimentação-saúde, pois é algo de cada vez maior interesse dos consumidores.
Hoje vou falar de um outro assunto bastante em voga e que constitui um diferencial crescente nos produtos alimentícios que é a relação alimentação-sustentabilidade.

Além de se interessar sobre os nutrientes e benefícios que certo alimento pode nos trazer, é importante saber se a embalagem é reciclável, se a indústria se utiliza de métodos de redução de poluição, se os recursos vêm de fontes renováveis, se não põe animais em risco de extinção, se não explora trabalhadores ou utiliza mão-de-obra infantil, etc.

Nos Estados Unidos, segundo pesquisa da Mintel, 35% dos consumidores estão dispostos a pagar mais por um produto sustentável.1

Segundo a pesquisa realizada para o Brasil Food Trends 2020, o brasileiro está cada vez mais informado e exigente. A responsabilidade sócio-ambiental agrega valor a qualquer produto.1

Hoje é muito comum encontrarmos nos supermercados os chamados Orgânicos. Mas o que este termo define?
Os alimentos orgânicos são aqueles que utilizam técnicas que respeitam o meio ambiente e visam a qualidade do alimento. Desta forma, não são usados agrotóxicos nem qualquer outro tipo de produto que possa vir a causar algum dano a saúde dos consumidores.2

No caso dos vegetais, são usadas técnicas naturais de combate a pragas e fertilização, no caso de produtos animais, como carnes e ovos, os animais não podem receber hormônios, antibióticos e são alimentados com pastos isentos de agrotóxicos. Em ambos os casos existe também a preocupação com a área da produção: proteção de áreas naturais, de nascentes, controle do desmatamento e da poluição. 3

Além dos Orgânicos, existem também os produtos fair-trade, aqueles cujas indústrias são associadas a pequenos produtores e que buscam preço justo, padrões sociais e ambientais equilibrados.
"Sua missão é promover a equidade social, a proteção do ambiente e a segurança econômica através do comércio e da promoção de campanhas de conscientização" 4


Buscando conquistar o mercado europeu para as exportações, o Brasil tem investido na fair-trade. 5

Ficou interessado(a) em comprar mais produtos sustentáveis? Então esteja atento à presença de selos de certificação para identificar que tal produto realmente cumpre com o que é anunciado, pois foi aprovado por um órgão regulamentador.

selos de orgânicos : http://www.planetaorganico.com.br/qcertif.htm
selo fair-trade: http://www.hipersuper.pt/wp-content/uploads/2007/09/fair_trade.jpg

Infelizmente, o alto preço desses produtos faz com que boa parte da população deixe de comprá-los. O que faz com que a tendência sustentabilidade cresça num ritmo menor que das outras tendências (saúde, bem-estar, conveniência, praticidade), mas ela não deixa de crescer.

Além de orgânicos e fair-trade, a indústria em geral vem estudando meios de poluir menos (e ajudar os consumidores a poluir menos), gastar menos energia, menos água, usar menos aditivos prejudiciais. Alguns exemplos de produtos inovadores que foram apresentados num evento que participei: sorvete que é conservado à temperatura ambiente, garrafas de água que comportam o mesmo volume com menos plástico, embalagens biodegradáveis e embalagens comestíveis.

Legal, né? =)
O que o Capitão Planeta come? Hehehe


Referências
1) http://www.brasilfoodtrends.com.br/
2) http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/alimentos_organicos.htm
3) http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/o_que_e_carne_organica/
4) http://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_justo
5) http://www.fairtradebra.com.br/